PCPR realiza 14 prisões em operação nacional de combate à pedofilia
- 10/10/2025

Polícia Civil do Paraná (PCPR) lidera ação de combate à pornografia infantojuvenil em 18 estados e DF; 44 mandados de busca foram cumpridos
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu nesta sexta-feira (10) a segunda fase de uma operação nacional que culminou na prisão em flagrante de 14 pessoas por armazenamento e compartilhamento de pornografia infantojuvenil. A Operação Pharos foi deflagrada em 18 estados e no Distrito Federal, demonstrando a capacidade de articulação e inteligência das forças de segurança do país no combate a crimes sexuais contra crianças na internet.
Ação Abrangente em Vários Estados
As ordens judiciais (44 mandados de busca e apreensão) foram cumpridas nos seguintes Estados onde as Ordens Judiciais foram cumpridas: Paraná, Acre, Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
Durante as buscas, 14 indivíduos foram autuados por estarem de posse de conteúdo criminoso em seus celulares. Nos locais, foram apreendidos celulares, notebooks, HD’s externos e outros equipamentos eletrônicos para perícia.
Em um caso de extrema gravidade que chocou os investigadores, um homem de 67 anos foi preso em flagrante por compartilhar um vídeo no qual aparece cometendo abuso sexual contra a própria neta, de 7 anos. Aos policiais, ele confessou o estupro.
Órgãos Envolvidos e Cooperação Internacional
A operação contou com a participação fundamental de diversos órgãos:
- Polícia Civil do Paraná (PCPR), responsável por iniciar a investigação.
- Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio do apoio técnico.
- Polícias Civis locais dos estados e do DF.
- Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP).
- Apoio internacional da Homeland Security Investigations (HSI), dos Estados Unidos.
A investigação teve início na Delegacia da PCPR em Palmas, após a apreensão de um dispositivo eletrônico contendo material de abuso sexual de crianças e adolescentes, comercializado via aplicativo de mensagens. A análise do material, feita em parceria com o Ciberlab/Senasp/MJSP, permitiu identificar alvos em diferentes regiões do país.
O delegado da PCPR, Kelvin Bressan, responsável pelas investigações, destacou a relevância do trabalho técnico. “A partir de um único dispositivo periciado pela Polícia Científica do Paraná, foi possível rastrear uma rede de usuários que trocava material ilegal em diferentes regiões do país. O trabalho técnico e a integração com o Ciberlab foram fundamentais para transformar uma investigação local em uma operação nacional de grande alcance”, ressaltou o delegado.
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O diretor da Diopi/Senasp/MJSP, Rodney Silva, enfatizou a importância da articulação: “A atuação coordenada das Polícias Civis estaduais, com apoio do Ciberlab e da HSI, demonstra a capacidade de articulação técnica e internacional do Brasil no enfrentamento aos crimes sexuais contra crianças na internet. A Operação Pharos reforça a importância da inteligência integrada e da cooperação entre estados e países para proteger os mais vulneráveis”, afirmou.
Significado da Operação e Crimes Investigados
O nome da operação, Pharos, faz alusão ao Farol de Alexandria, simbolizando luz na escuridão e proteção. Assim como o farol guia navegantes, a ação representa o esforço conjunto das forças policiais para rastrear e responsabilizar autores de crimes contra crianças e adolescentes no ambiente digital.
Os crimes investigados estão previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):
- Artigo 241: pune quem fotografa, filma ou registra cenas de sexo explícito ou pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes.
- Artigo 241-A: trata de quem oferece, troca ou compartilha esse tipo de material pela internet.
- Artigo 241-B: prevê punição para quem adquire, possui ou armazena as imagens.
As penas variam de um a seis anos de reclusão, podendo ser aumentadas conforme a gravidade e o envolvimento do autor.
As diligências visam interromper atividades criminosas, apreender dispositivos eletrônicos com provas digitais e subsidiar novas investigações, reforçando o compromisso do Estado com a proteção da infância e da adolescência no ambiente digital.
Desdobramentos Anteriores
Esta é a segunda fase da operação. A PCPR deflagrou a primeira em fevereiro deste ano, resultando na prisão de 10 pessoas em 20 estados.
Em um desdobramento da primeira edição, a PCPR prendeu nesta quinta-feira (9) em Curitiba um homem de 36 anos, identificado e rastreado após perícia de materiais apreendidos em fevereiro, pelo crime de produção de pornografia infantojuvenil e estupro de vulnerável.












(Fonte/Créditos PCPR)
FONTE: https://radiotoledo.com.br/pcpr-realiza-14-prisoes-em-operacao-nacional-de-combate-a-pedofilia/